As eleições de 2012 já movimentam os candidatos em todo o país. Em São Paulo, a movimentação é grande em busca de candidatos e parceiros.
Marta Suplicy (PT-SP) uma das indicações mais fortes à candidatura para a prefeitura de São Paulo em 2012 informou que na opinião dela, José Serra (PSDB-SP), o ex-governador será o candidato ao cargo. Segundo Marta, José Serra fará como sempre, irá negar, dizer que não, mas no último instante assumirá sua candidatura. Marta se mostrou preocupada, pois o PT precisará de um candidato tão forte quanto o Tucano Serra.
Como é de se esperar em todas as eleições, já começaram as trocas de partidos. Insatisfeitos onde estão, ou com promessas de receberem mais apoio, possibilidades de crescimento os políticos vão para outros partidos. Kassab (DEM), de namoro com o PMDB estuda a possibilidade de realizar em seu secretariado uma reforma estratégica onde passaria a contar com uma base política bem mais forte já demonstrou estar aberto a receber o PR, PC do B, PDT e até mesmo o PV. A estratégia teve início no ano passado quando Alckmin (PSDB) se aproximou de alguns partidos para ter sua base. Ainda no fim de 2010, Kassab esteve em Brasília onde almoçou com o ministro Carlos Lupi, Ministro do Trabalho e presidente nacional do PDT. O partido que poderá comandar uma corregedoria da Secretaria Municipal do Desenvolvimento e Trabalho é um dos interesses de Kassab.
O DEM já lançou uma campanha para encerrar com as dissidências do partido, que segundo eles, provocadas pelo atual prefeito de São Paulo Gilberto Kassab. O DEM oferece espaço e oportunidade para quem ficar e ser fiel ao partido. O deputado Rodrigo Garcia (SP) poderá até mesmo ser lançado como candidato à sucessão de Gilberto Kassab.
Mas a direção do DEM está desconfiada. Garcia é muito próximo a Kassab e poderia trabalhar na verdade a favor deste seu aliado. Kassab que está tendo dificuldades em ir para o PSB ou PMDB poderia contar com Garcia para cargos estratégicos no futuro, dentro do DEM.
Kassab vai utilizar as eleição de 2012 para ter força suficiente para conquistar o governo de São Paulo em 2014.
No final de março, o governador de São Paulo Geraldo Alckmin disse que José Serra seria o nome mais indicado para concorrer à prefeitura de São Paulo em 2012. Serra, como era de se esperar, já se mostrou resistente à hipótese lançada, mas para Alckmin, Serra é, sem dúvida alguma, o candidato ideal. Expressivo, bem preparado, não pode ter candidato melhor para o governador de São Paulo. Inclusive, Kassab chegou a dizer que não enfrentaria Serra nas urnas, o que fortaleceu ainda mais a ideia de tê-lo como candidato. A demonstração de simpatia pela candidatura de Serra se deu na volta de Brasília, onde Alckmin e Serra foram participar da celebração dos dez anos da morte de Mário Covas.
Tudo isto nos mostra que candidatar à prefeitura de São Paulo é muito mais do que se entregar à vontade de resolver os problemas da população, há todo um jogo político por trás das candidaturas que representam interesses pessoais e de grupos partidários.
Resta saber se por mais um ano os brasileiros irão desperdiçar seus votos, ou se desta vez, farão realmente valer seu direito, elegendo pessoas realmente comprometidas com os interesses da população.
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