Resposta fácil - Pedro Álvares Cabral???
Existem controvérsias:
Vicente Yáñez Pinzón, navegador espanhol, partiu do porto de Palos de la Frontera, no Sul da Espanha, a 19 de novembro de 1499. Em janeiro de 1500 alcançou a costa brasileira, tendo avistado um cabo que denominou como Santa Maria de la Consolación, tendo desembarcado na que é identificada atualmente como praia do Paraíso, no Cabo de Santo Agostinho, estado de Pernambuco. O navegador prosseguiu em sua viagem e, em fevereiro, alcançou a foz do rio Amazonas, que batizou como Mar Dulce.
O seu primo, o navegador espanhol Diego de Lepe, teria atingido a costa brasileira em março de 1500.
As viagens de Pinzón e de Lepe, assim como a chegada de ambos ao Brasil não constam da maior parte das obras oficiais de História do Brasil pois, pelos termos do Tratado de Tordesilhas (1494), as terras descobertas por ambos pertenciam, de fato, a Portugal.
Mas existem probabilidades de que mesmo esses navegadores não tenham sido os primeiros europeus a desembarcar em terras brasileiras.
Já em 1325 circulavam em Portugal lendas e mapas sobre uma terra assinalada como Hy-Brazil situada além-mar.
Na disputa com a Espanha por novas terras, os portugueses realizam expedições sigilosas, denomiadas de "arcanos". Assim, há relatos de que João Coelho da Porta da Cruz e Duarte Pacheco Pereira teriam estado na costa do Brasil, respectivamente em 1493 e 1498.
Sem se lançar na questão da intencionalidade do descobrimento, Capistrano de Abreu, nos seus Capítulos da História Colonial, afirma:
"Seguindo a corrente do Sul, os portugueses, induzidos a amarrar-se à procura de ventos mais francos para dobrar o cabo [da Boa Esperança], encontraram a zona dos alíseos e vieram dar no hemisfério ocidental com Pedro Álvares Cabral."
Cabral era o capitão da esquadra que zarpou de Lisboa para as Índias a 9 de março de 1500, contornando a África. A certa altura da viagem, tendo já ultrapassado as ilhas Canárias, a sua frota - da qual não se sabe ao certo quantos navios teria, discutindo-se se entre doze ou quatorze -, desviou-se para Oeste a pretexto de desviar de um trecho do Oceano Atlântico conhecido pelas calmarias, ou ausência de vento - a chamada volta do mar. Existe controvérsia sobre o motivo do desvio, pois alguns autores sugerem que os portugueses teriam vindo ao Brasil pelo menos quatro anos antes. Cabral, nessa linha de argumentação, não procurava um caminho seguro para as Índias, porque este já era conhecido, tendo sido percorrido anteriormente pela Armada de Vasco da Gama.
Cabral e o Gama já teriam conversado antes da viagem do primeiro. Na conversa, Cabral teria sido orientado a fazer a volta do mar, um grande arco rumo ao Oeste, a fim de aproveitar melhor as correntes do Atlântico, e fugir da corrente ascendente do Golfo da Guiné. Aliás, exatamente esse grande desvio a que os navios eram obrigados, teria fornecido aos navegadores os indícios da existência de terra naquela direcção.
É hoje quase certo que a frota de Cabral tinha como incumbência primordial localizar a terra e reclamá-la para a Coroa Portuguesa ao abrigo dos termos do Tratado de Tordesilhas. Dá-se como uma das provas disso o fato de um dos navios ter regressado de imediato para comunicar o achado ao rei D. Manuel I, enquanto que os restantes seguiam para a Índia; bem como o fato de seguir na frota um escrivão, Pero Vaz de Caminha, cuja missão era elaborar uma descrição detalhada da terra descoberta - a Carta a El-Rei D. Manuel sobre o achamento do Brasil, espécie de certidão de nascimento da nova terra.
De qualquer forma, a 22 de abril de 1500, Cabral nomeou como ilha de Santa Cruz a terra recém-descoberta. Discutem ainda os historiadores se o local onde aportou será mesmo o que se transformaria no arraial de Porto Seguro ou se seria a baía hoje denominada de Santa Cruz Cabrália, mais distante, rumo ao Norte, no Sul da costa da atual Bahia.
Na carta que escreveu aos reis da Espanha em julho de 1501, o soberano português comunicou-lhes ter Cabral chegado a "uma terra que novamente se descobriu, a que pôs o nome de Santa Cruz, em que achou as gentes nuas como na primeira inocência, mansas e pacíficas, a qual parecem que N. Senhor milagrosamente quis que se achassem."
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