O papel para quem não sabe foi criado na China, no século II, e durante mais de 1500 anos ele era feito com fibras de algodão extraídas de roupas velhas, panos e trapos. Só após as máquinas de impressão se desenvolver por volta do século XV, foi que o consumo de papel aumentou muito, então não havia roupa velha suficiente para publicar livros, revistas, jornais. No ano de 1719 o francês René Antoine de Reaumour teve a idéia de usar fibras extraídas da madeira, mas só foi a partir de 1850, através de estudos de diversos inventores foi que essa idéia se tornou viável e é usada até hoje.
Para fazer o papel branco não-revestido, por exemplo, são usadas as fibras do eucalipto. Este deve ser cultivado por 7 anos, só ai estará pronto para ser colhido e utilizado no processo de fabricação do papel. Por isso que em fábricas de papel sempre são plantadas novas mudas, para que assim haja um ciclo de consumo fechado, renovável e responsável na utilização das florestas comerciais de eucalipto.
O processo começa com o corte da madeira, onde as toras devem passar por um grande cilindro descascador, lá dentro as toras colidem uma com a outra e friccionam até remover a casca. As toras descascadas são picadas através de máquinas que as reduz ao tamanho de 1 polegada, passando a se chamar cavacos.
Agora o próximo passo é fazer como o processo de celulose, em que as fibras são separadas, assim cozinhando a madeira com produtos químicos para dissolver a lignina. Para isso os cavacos são levados até os grandes digestores, que parecem uma panela de pressão de cozinha. Assim juntamente com produtos químicos os cavacos são cozinhados sob a pressão por cerca de uma hora e meia a quatro horas até que a mistura esteja reduzida a uma pasta de celulose com coloração escura.
Publicidade:
Então a celulose é lavada para remover os produtos químicos e passa por um processo de branqueamento que elimina todas as suas impurezas, tornando-a branqueada. Depois a celulose é levada para a máquina de papel, onde são adicionados aditivos para dar ao papel as propriedades desejadas de acordo com o tipo escolhido.
A água é adicionada à celulose em proporção de 200 porções de água a uma de fibra, assim ela é pulverizada sobre uma tela formadora da folha, dando forma e gramatura à folha de papel, que é mais bem definida por ajustes de velocidade e concentração da massa de celulose branqueada feitos na máquina.
Então a máquina é rodada em alta velocidade, pressionando o papel entre as telas e absorvendo a água através dos secadores. Com o papel seco, ele passa por um processo de prensagem e alisamento, assim o papel é levado para a enroladeira onde a folha é transformada em um grande roço de papel para a confecção de rolos menores nas bobinas, que seguem padrões de tamanho, dependendo dos clientes gráficos. Passando-se pelas cortadeiras o papel é cortado, as folhas são contadas e separados de acordo com quantidade e assim finalmente embaladas.
0 comments:
Post a Comment